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Um ambiente mais amigável para os negócios Apesar da força crescente das empresas de pequeno porte, ainda há muitas barreiras ao desenvolvimento do empreendedorismo no País

O administrador de empresas Raphael Machioni, de 23 anos, diz que não teve dúvida sobre o caminho a seguir quando terminou a faculdade. Em julho, ao se formar pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, Machioni deixou de lado uma carreira promissora numa butique de investimentos, na qual estagiava, e decidiu abrir o próprio negócio. Com dois sócios, Eduardo Haidar e Gabriel Coiro, também formados em administração, ele criou o Pick’n Go, um aplicativo que permitirá ao usuário fazer o seu pedido pelo celular em restaurantes e lanchonetes de praças de alimentação de shoppings e depois degustá-lo, no horário desejado, sem ter de enfrentar fila para pagar, nem espera durante o preparo.

Segundo Machioni, com o serviço, o usuário poderá economizar em torno de 15 minutos no horário de almoço, o pico do movimento nas praças de alimentação. Apoiado pelo programa de startups da IBM, o empreendimento deverá entrar em operação em 12 de dezembro, recebendo pedidos para estabelecimentos do Shopping Tamboré, localizado na região oeste da Grande São Paulo. “Sempre quis ser dono do meu próprio negócio”, afirma Machioni. “Agora, surgiu uma oportunidade e resolvi fazer uma aposta de mercado.”

Assim como Machioni, um contingente cada vez maior de brasileiros deseja se tornar o próprio patrão. De acordo com a edição de 2015 da pesquisa Empreendedorismo no Brasil, realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), com patrocínio do Sebrae, o serviço de apoio às micro e pequenas empresas, ter um negócio próprio representa o principal sonho para 34,5% dos brasileiros adultos, com idade entre 18 e 64 anos. Ao contrário do que acontecia num passado relativamente recente, o sonho de empreender supera, de longe, o de fazer carreira em uma empresa, uma opção preferida atualmente por apenas 22,7% da população. A pesquisa revela também que, hoje, quatro em cada dez brasileiros são donos de uma empresa, a esmagadora maioria das quais de pequeno porte, ou estão envolvidos com a criação do próprio negócio. É o maior índice em 14 anos e quase o dobro do registrado em 2002. “A nova geração tem uma postura totalmente diferente”, diz o cientista político Luiz Felipe d’Avila. “A turma de 25 a 35 anos tem outra visão, uma mentalidade mais empreendedora.”

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