BVMF/Retrato Bernard Appy, diretor de pesquisa e projetos de negócios -  data: 29/03/2010. Foto: Patrícia Cruz / LUZ

“Nosso modelo de proteção social é insustentável” Para o ex-secretário de Política Econômica do governo Lula, Bernard Appy, reequilibrar as contas públicas exige reformar a Previdência e rever os programas de assistência social

O economista Bernard Appy conhece como poucos os meandros das contas públicas do país. Ex-secretário executivo e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 2003 e 2009, nas duas gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Appy coordenou a elaboração de uma ampla proposta de reforma tributária. Enfrentou resistências, porém, e deixou…

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Dilma torrou o seu, o meu, o nosso. Agora, quer que a gente pague a conta Depois de promover uma gastança irresponsável nos últimos anos, o governo pretende aumentar impostos para cobrir o rombo que criou nas finanças públicas

Com o anúncio da nova equipe econômica e a discussão das primeiras medidas que poderão ser adotadas para tirar as contas públicas do vermelho, está ficando claro que o governo não conseguirá obter os resultados desejados apenas com o corte de despesas. Diante da gastança irresponsável promovida nos últimos anos, o governo precisará, também, engrossar…

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A “contabilidade criativa” e a coerência do PT e de Dilma Pode parecer um exagero, mas não é de hoje que o PT dá de ombros para o equilíbrio do orçamento e flerta com a gastança indiscriminada

O PT pode ser acusado de tudo menos de incoerência. A manobra proposta pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional, para sancionar os descalabros fiscais de seu governo, encaixa-se perfeitamente na trajetória do partido. Pode parecer um exagero, mas não é de hoje que o PT dá de ombros para o equilíbrio do orçamento e…

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O balcão de negócios de Brasília e a farra fiscal Em vez de realizar um corte linear de impostos, para beneficiar toda a sociedade, o governo promove "desonerações" no varejo e obriga empresários e políticos a "passar o pires" e jurar vassalagem, para receber as benesses oficiais

Num país como o Brasil, em que o governo abocanha 36,2% do PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todas as riquezas produzidas pela nação, qualquer “desoneração tributária” é mais que bem-vinda. Afinal, são raras, raríssimas, as oportunidades em que o governo, com seu apetite insaciável pelo dinheiro do contribuinte, aceita abrir mão de receitas…