Muitos governadores culpam a crise econômica pelas dificuldades financeiras de seus Estados. Seguem a mesma estratégia da ex-presidente Dilma Rousseff para justificar o descontrole das contas públicas. Mas, como no caso de Dilma, ainda que a crise tenha a sua parcela de responsabilidade, ao reduzir a arrecadação, ela não pode ficar com o ônus pela penúria dos Estados. Segundo quem mergulhou fundo nas finanças estaduais e está envolvido na busca de soluções para o desequilíbrio fiscal dos Estados, o epicentro do problema está na questão previdenciária. É ele que explica, em boa medida, os atrasos de pagamentos a funcionários da ativa, aposentados e fornecedores observados desde o 2015.
Grandes Estados, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro comprometem hoje 26,9%, 19,6% e 15% da receita corrente líquida, respectivamente, com o pagamento de aposentados, bem acima da média nacional, de 13,4%, que já não é baixa. São Paulo ainda está um pouco abaixo, com 12,4% (veja o quadro), mas também não está numa situação confortável. “Ao analisar a estrutura dos orçamentos estaduais, eu atirei no que vi e acertei no que não vi”, diz o economista e consultor Raul Velloso, ex-secretário de Assuntos Econômicos do ministério do Planejamento. “A associação da situação dos estados com o déficit da Previdência é pior do que eu imaginava.”
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