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O traficante brasileiro e as lições da Indonésia para Dilma Independentemente de ser a favor ou contra a pena de morte, Dilma deveria saber que cabe ao presidente do país cumprir a lei e não abrir exceções para beneficiar quem quer que seja

Pergunta para entender melhor o caso do traficante brasileiro Marco Archer, fuzilado na Indonésia neste domingo:

Quando ele decidiu entrar com 13 quilos de cocaína no país, já não sabia que, se fosse preso, poderia ser condenado à morte, conforme as leis locais, como acontece também em Ciingapura?

O que a Dra. Dilma e os brasileiros solidários a ela queriam com seu pedido de clemência?
Que as autoridades ou a Justiça da Indonésia abrissem uma exceção nas leis do país, como fez Lula, ao negar a extradição de Cesare Battisti, o ex-terrorista condenado na Itália, contrariando a recomendação da Justiça brasileira?

A Indonésia pode ser um país subdesenvolvido, mas mostrou que não é republiqueta de banana!

Eu até entendo que quem seja contra a pena de morte faça parte de uma mobilização internacional contra a pena de morte na Indonésia. Mas daí a pedir que o país abra exceções em suas leis para traficantes brasileiros vai uma longa distância.

Confira o texto publicado originalmente no site da revista Época

O que dizer então da decisão da “presidenta” Dilma Rousseff de chamar o embaixador brasileiro de volta ao país, como fez também a Holanda, que também reagiu ao fuzillamento de um holandês pela mesma razão, no mesmo dia? E a declaração do novo titular do ministro das Relações Exteriores, de que a execução cria sombra nas relações entre o Brasil e a Indonésia? Não faz o menor sentido!

Dilma, acostumada a mandar e demandar em Brasília, como um czarina que não tolera ser contrariada em qualquer situação, deveria aprender com o seu colega da Indonésia, Joko Widodo, mais conhecido como Jokowi, quais são os limites do exercício do poder e o que significa o respeito às leis de um país.

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