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“O chefe já era” Influenciado pela mensagem de Jesus Cristo, o escritor James Hunter, autor de O Monge e o Executivo afirma que o verdadeiro líder não é aquele que manda agir. É o que inspira a ação

O maior líder de todos os tempos foi Jesus Cristo, diz James Hunter, o autor de O Monge e o Executivo. “Se liderança é influência, ninguém fez isso melhor que Jesus.” Nesta entrevista, realizada durante sua viagem ao Brasil em outubro e completada por telefone, Hunter fala da importância que o tema da liderança adquiriu no mundo inteiro. Ele afirma que o verdadeiro líder é o que serve aos subordinados. Essa será sua principal mensagem no seminário que dará no país, nesta semana.

Por Eduardo Vieira e José Fucs

ÉPOCA > O que o motivou a escrever O Monge e o Executivo?
James Hunter > Minha filha. Eu queria deixar para ela uma história baseada naquilo que acreditei por toda a vida. Pensei que, se acontecesse alguma coisa comigo, ela jamais saberia o que eu tinha feito na vida. Nunca tive a pretensão de responder às grandes questões da humanidade. Queria dizer simplesmente que todos nós podemos ser líderes.

ÉPOCA > No Brasil, O Monge e o Executivo já vendeu 1,1 milhão de exemplares. No exterior, 600 mil. Por que o público daqui recebeu melhor o livro?
Hunter > Primeiro, porque o Brasil é um país religioso. Há muitos católicos e evangélicos que se identificam com a linguagem do livro. Depois, porque a história se passa num monastério. E as pessoas adoram monges. O título do livro no Brasil é brilhante. Duvido que ele vendesse tanto se o título fosse O Servidor (como no original em inglês, The Servant). Além disso, hoje todo mundo está trabalhando muito e busca um equilíbrio maior. Essa é uma questão universal.

ÉPOCA > Só isso?
Hunter > Os brasileiros também adoram boas histórias. Ninguém vê tantas novelas quanto vocês. E ler a história de um monge que salva um executivo é algo messiânico. As pessoas se identificam quando o personagem que parece mais fraco salva o mais forte do mal. E o Brasil passou por grandes mudanças. No começo dos anos 80, vocês viviam numa ditadura. Nos anos 90, sofreram com a inflação. Agora, querem mais. Querem viver melhor. Por fim, alguém me disse que o livro fala de Deus, e que Deus é brasileiro. Portanto…

Leia a entrevista completa publicada na revista Época