Não faz muito tempo, era difícil ver alguém se declarar “de direita” no Brasil. Por receio de ser identificado com o regime militar e estigmatizado por amigos, colegas de trabalho e familiares, mesmo sem ter qualquer inclinação pelo autoritarismo, poucos se arriscavam a assumir seus pendores em público. Cair na “malha fina” das “patrulhas ideológicas” podia representar uma mancha irreparável na reputação de qualquer cidadão e até mexer com a sua autoestima.
De repente, parece que o jogo mudou. Depois de quase sumir do mapa político do País desde a redemocratização, nos anos 1980, a direita, como Fênix, está renascendo das cinzas. Hoje, muita gente ainda se incomoda de ser chamada de “reacionária”, “conservadora” e “neoliberal”. Mas, cada vez mais, parece que a turma da direita decidiu “sair do armário” e fazer ouvir a sua voz, sem se preocupar com o que considera como “bullying” ideológico da esquerda.
Impulsionada pelo sucesso das manifestações em favor do impeachment, pelo antipetismo, pela indignação com os escândalos de corrupção e pela crise na economia, essa “nova direita” agora defende suas ideias à luz do dia e está conquistando trincheiras importantes na guerra de comunicação travada com a esquerda nas redes sociais.
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