Imagine um país em que o governo, apesar das inevitáveis restrições orçamentárias, exercesse o seu papel com agilidade e eficiência. O número de ministérios, que chegou a 39 e depois caiu para 24, seria de apenas 15. A corrupção, antes endêmica, estaria ao menos sob controle. A burocracia, que atravancava os negócios e a vida dos cidadãos, teria diminuído consideravelmente. Os exemplos viriam de cima. Privilégios de autoridades, bancados com o dinheiro dos pagadores de impostos, como viagens em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), apartamentos funcionais em Brasília, gordas aposentadorias com apenas oito anos de trabalho e férias de 60 dias, seriam extintos.
Para melhorar a qualidade do atendimento à população, sem aumentar impostos, sem inflar a máquina administrativa e sem estourar as contas públicas, o governo desse país imaginário recorreria às parcerias com empresas privadas e organizações sociais. Dividiria com elas a tarefa de prestar serviços públicos, como educação e saúde, e de gerenciar empreendimentos de infraestrutura, como estradas, portos e aeroportos. Para fiscalizar os serviços prestados por terceiros, seriam estabelecidas metas qualitativas e quantitativas de desempenho e feitas avaliações rigorosas de resultados. Com poucos cargos disponíveis para nomeações políticas, os funcionários públicos seriam motivados a prestar um bom serviço e poderiam alcançar os mais altos postos da carreira, por seus próprios méritos. Os servidores mais bem avaliados receberiam um bônus por seu desempenho e os que apresentassem resultados insatisfatórios com frequência seriam demitidos.
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