O engenheiro Joaquim Levy, atual diretor superintendente da BRAM, a empresa de gestão de recursos de clientes do Bradesco, é um dos candidatos — o mais provável — a substituir Guido Mantega no Ministério da Fazenda. Para você conhecer melhor as ideias de Levy, o blog republica abaixo uma entrevista exclusiva realizada no início de 2012, quando Dilma forçou a mão para derrubar os juros – uma medida que, ao final, mostrou-se inócua, diante da irresponsabilidade fiscal do governo e da alta da inflação. Na entrevista, Levy fala sobre o impacto que a queda dos juros poderia ter no mundo dos investimentos e na cultura financeira do país, forjada durante décadas de taxas estratosféricas.
O diretor superintendente da Bradesco Asset Management (Bram), Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro Nacional e da Fazenda do Rio de Janeiro, afirma que a queda dos juros no país vai levar a uma mudança gradual de comportamento dos investidores. Segundo Levy, que responde pela administração de R$ 249 bilhões em recursos de clientes, os investidores agora terão de planejar melhor os seus investimentos e se manter fiéis às suas decisões, dando tempo para elas amadurecerem. Em entrevista a ÉPOCA, ele afirma que novas opções de renda fixa, como os fundos recheados com papéis privados de prazo mais longo e retornos mais altos, servirão como alternativa para quem quiser ganhar um pouco mais sem correr muito risco.
ÉPOCA – Qual é o impacto que a queda de juros – a que já aconteceu e a que está por vir – terá para os brasileiros, tanto para os investidores como para os tomadores de crédito?
Joaquim Levy – O impacto deve ser muito benéfico, abrindo novas possibilidades para a economia e, portanto, para cada um dos brasileiros. Taxas de juros menores, num país com responsabilidade fiscal e um setor privado forte são ingredientes poderosos para acelerar o crescimento econômico e as oportunidades para as pessoas.
Leia a a entrevista de Joaquim Levy publicada no site da revista Época
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