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As eleições na Argentina e o “efeito Orloff” no Brasil Se a Argentina de hoje for o Brasil de amanhã, em breve os ventos da mudança – expressos no surpreendente desempenho da oposição no pleito de domingo – chegarão para valer por aqui

Os resultados das eleições presidenciais e provinciais da Argentina, realizadas no domingo, são promissores.O surpreendente desempenho do candidato de oposição, Mauricio Macri, levando o pleito para um inédito segundo turno, e a vitória da oposicionista Maria Eugenia Vidal na província de Buenos Aires, a mais importante do país, revelam que a Argentina está perto de uma guinada política histórica, que deverá deixar para trás o populismo e o bolivarianismo que marcaram os 12 anos dos Kirchner no poder.

Os bons presságios que emanam da Argentina renovam a esperança de que possa ocorrer uma guinada semelhante em outros países da América Latina, a começar pela Venezuela, a “mãe” de todos os bolivarianos, cujas eleições presidenciais deverão ocorrer no início de dezembro. Mais que tudo, porém, os resultados das eleições dos “hermanos” reforçam a expectativa de que, em breve, o Brasil possa seguir o mesmo caminho.

Leia o texto publicado no site da revista Época

Se o velho “efeito Orloff”, pelo qual a Argentina funcionava como uma espécie de laboratório do Brasil de amanhã, ainda estiver valendo, os ventos da mudança logo chegarão aqui. A preliminar será em 2016. O jogo decisivo, em 2018. A julgar pela pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Ibope, segundo a qual 55% dos eleitores do país não votariam em Lula para presidente de jeito nenhum, a contagem regressiva para a saída do PT do governo já começou.