Nova Délhi – Ela é mais parecida com o Brasil do que se imagina. Tem impostos indecentes e um ambiente hostil aos negócios. Tem legislação trabalhista anacrônica e uma infra-estrutura sofrível. Lá, como aqui, o governo gasta muito – e mal. E o Fundo Monetário Internacional (FMI) vive cobrando – sem sucesso – a realização das reformas tributária e fiscal para o país entrar numa rota de crescimento sustentado. Acredite, é isso mesmo. A Índia, a queridinha dos investidores internacionais, o novo eldorado da economia global, padece basicamente dos mesmos males do Brasil. Por que, então, ela cresce 8% ao ano, enquanto nós não chegamos nem a 3%?
É provável que nem mesmo os maiores especialistas saibam responder a essa questão. Para tentar esclarecê-la, ÉPOCA foi ver de perto o que a Índia tem que o Brasil não tem. Foi investigar como o exemplo indiano pode ajudar o país a voltar a crescer com vigor e atender a suas enormes demandas sociais. Conversamos com empresários, executivos, economistas e políticos do governo e da oposição. Visitamos empresas de tecnologia, indústrias pesadas e órgãos governamentais. Sentimos o pulso das ruas de grandes cidades, como Mumbai (antiga Bombaim, o centro econômico do país), a capital Nova Délhi e Hyderabad, novo pólo indiano de tecnologia. De tudo o que vimos, extraímos 12 lições da Índia para o Brasil.
Hoje, é consenso entre os especialistas que a principal missão do próximo governo brasileiro será fazer a economia crescer. Depois de termos conquistado a estabilidade econômica, nosso próximo desafio será elevar as taxas de crescimento. Só assim a economia pode ganhar o dinamismo necessário para gerar empregos e atrair investimentos. É justamente na questão do crescimento que a Índia nos oferece um exemplo.
Clique aqui para ler a reportagem completa sobre a Índia publicada na revista Época
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